O problema é que toda vez que você discute religião, afasta as pessoas umas das outras, promove o sectarismo e a intolerância.
A religião coloca de um lado os adoradores de Allá, de outro os adoradores de Yahweh e ainda de outro os adoradores de Jesus. Isso sem falar nos adoradores de Shiva, de Krishna e devotos do Buda, e por aí vai.
E cada grupo de adoradores deseja a extinção dos outros.
Ou pela conversão à sua religião, o que faz com que os outros deixem de existir e se tornem iguais a nós, ou pelo extermínio através do assassinato 'em nome de Deus', ou melhor, em nome de um deus, com d minúsculo, isto é, um ídolo que se pretende fazer passar por Deus.
Mas, quando você concentra sua atenção e ação, sua práxis, em valores como reconciliação, perdão, misericórdia, compaixão, solidariedade, amor e caridade,
você está no horizonte da espiritualidade, comum a todas as tradições religiosas!
E quando você está com o coração cheio de espiritualidade, e não de religião,
você promove a justiça e a paz.
Os valores espirituais agregam pessoas, aproximam os diferentes, fazem os discordantes no mundo das crenças darem-se as mãos no mundo da busca de superação do sofrimento humano, que a todos nós humilha e iguala, independentemente de raça, gênero, e inclusive religião...
Em síntese, quando você vive no mundo da religião, você fica no ônibus.
Quando você vive no mundo da espiritualidade que a sua religião ensina, ou pelo menos deveria ensinar, você desce do ônibus e dá um ovo de páscoa para uma criança que sofre a tragédia e miséria de uma paralisia mental.
Ed René Kivitz, cristão, pastor evangélico e santista desde pequenino.
"O valor das coisas não está no tempo que elas duram,
mas na intensidade com que acontecem.
Por isso existem momentos inesquecíveis,
coisas inexplicáveis
e pessoas incomparáveis."
Fernando Pessoa