Carta endereçada a todas as pessoas que habitam no mundo atual.
Será um sonho imaginar o mundo sem ódio, sem desigualdades socioeconômicas sem guerras ou rixas, vivendo em pro do bem estar do outro, sem o ar de “superioridade” que invade e toma conta dos corações dos povos da terra?
Será utópico pensar em viver num mundo igualitário, onde o ser vivente passará a caminhar sobre a terra sem medo e com a certeza que em qualquer canto do globo terá as mesmas condições?
Será que, algum dia, poderemos ver o ser humano preservando aquilo que Deus colocou sobre a terra para auxiliar na sua própria sobrevivência?
Será que podemos imaginar viver num mundo sem guerras, sem violência, onde as crianças e os idosos tenham seu real valor reconhecido na comunidade? Onde as crianças sejam reconhecidas como o futuro do mundo e que possamos agradecer aos idosos por todo bem feito por eles no mundo...
Paro, penso, e o que consigo enxergar é desolador... crianças sendo exploradas de todas as maneiras possíveis (trabalho escravo, violências sexuais, matança, guerras, seqüestros...) e os idosos, que tanto bem fizeram ao mundo isolados, desrespeitados em seus direitos e garantias, abandonados com uma aposentadoria que não daria nem mesmo para comprar os remédios para curar os diversos males que os atacam... Onde iremos chegar?
Se continuarmos nessa campanha de auto destruição (muito bem sucedida), não precisará mais pensar no futuro das crianças, pois o próprio mundo não terá futuro, a contribuição dada pelos idosos à comunidade de nada valerá, pois a vida em si não existirá mais, pelo menos não da maneira que imaginamos.
O recado que deixo para a posteridade é que ainda há tempo para repararmos parte da degradação moral que foi implantada no mundo, a degradação física é um pouco mais complicada, pois as cicatrizes demoram de curar, a reparação é lenta e as seqüelas são inevitáveis diante de tão grande ataque predatório à ela. O mundo ainda tem salvação, basta tomarmos consciência de que devemos realmente arregaçar as mangas, e não deixar apenas que meia dúzia de Ongs (Organizações Não Governamentais) façam isso por nós, pois o mundo é nosso, e é nesse mundo (ou no que restar dele) que os nossos descendentes irão caminhar.
Thiago Godinho de Lemos

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